A maior parte deste circuito repete trechos da trilha da Barra do Sambaqui, a grande novidade é a inclusão da trilha da Olaria, que já conheciamos a tempo, mas nos foi lembrada recentemente pelo Frederico Sussekind Neto, local de Sambaqui, que inclusive enviou um vídeo da trilha postado no Youtube (clique aqui para assistir).
O mais interessante desse circuito é que ele se parece muito com uma pista de cross country, são várias subidas e descidas curtas (você pode comprovar isso no gráfico de altimetria) que parecem em muito com
as dificuldades e prazeres encontrados em uma prova de cross country, que na minha modesta opinião, é a essência do mountain bike. A combinação de subidas e descidas em trilhas e estradinhas (até o calçamento irregular da rua simula o terreno ruim encontrado nas pistas de cross country) trabalham todos os fundamentos do mountain bike: técnicas de subida, técnicas de descida, técnicas de transposição de obstáculos, passagem de marchas e habilidade de fazer curvas. Pela proximidade com o Centro de Florianópolis, é uma excelente opção para um treino ou simplesmente lazer.
A saida é na margem da SC 401 em frente ao restaurante do Chico, onde sempre tem uma vaga e é seguro para estacionar.
Depois seguimos em direção ao centrinho de Santo Antonio e em seguida rumo a Sambaqui pela r. Gilson da Costa Xavier. O acesso a trilha da Olaria é pela r. Antonio Dias Carneiro. No fim da rua, a direita, antes de acabar a pavimentação existe um pequeno corredor (mais ou menos 80 cm) entre duas cercas, é bem apertado mas com jeitinho dá pra passar. A trilha é curta e a descida tem vários degraus e bastante folhas que escondem um pouco os obstáculos. A saída da trilha é na Estrada Isid Dutra na localidade da Barra do Sambaqui, onde seguimos a esquerda, o que nos levará ao segundo trecho de trilha. Cuidado pra não cair olhando a paisagem, esse trecho tem vistas de tirar o fôlego, apesar da dificuldade técnica nas descidas, vale a pena cada gota de suor derramada.
De volta a
r.Gilson da Costa Xavier, seguimos até o início da Estrada Isid Dutra em Sambaqui e em seguida a direita na Estrada Padre Rohr até o ponto de saída.
Fizemos esse roteiro a bordo de uma bike Merida 96, que nos foi gentilmente cedida pela Della Bikes. A possibilidade de travar as suspenções apenas com o giro de alavancas, a eficiência dos freios hidrâulicos Magura ajudaram a deixar essa trilha ainda mais divertida.
O comportamento da suspensão traseira é um capítulo a parte, mesmo sem travá-la é possível pedalar em pé sem aquela sensação de afundamento, como ocorreria em uma bike full tradicional, o ganho de eficiência na pedalada é evidente, principalmente para quem não está em plena forma (meu caso).
Uma coisa que chama atenção também é o formato quadrado do tubo superior, no primeiro momento você estranha, mas depois de andar na bike, logo nas primeiras pedaladas, você percebe a firmeza que esse tubo transmite, isso reflete diretamente na precisão dos movimentos e na dirigibilidade da bicicleta.
Vale a pena investir em uma bike dessas? Vale cada centavo, a bike é pura diversão.
Luiz Peixoto |